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segunda-feira, 26 de março de 2012

A linha do mal

Por André Luiz
  Linha chilena recolhida em Moça Bonita pode causar acidentes graves / Foto: André Luiz


Uma prática perigosa a utlização do cerol na linha para soltar pipas. Vários são os registros de pessoas, principalmente motociclistas, que perderam a vida ou sofreram algum tipo de dano físico ao serem atingidos pela linha.
Durante o jogo Fluminense 2 x 0 Bonsucesso, muitas pipas caíram no gramado do Estádio Proletário, em Bangu, neste sábado (24/3/12). As linhas chegaram a embaraçar nos pés de alguns jogadores e havia linha chilena, cuja venda é proibida no Estado do Rio de Janeiro. Pelo menos 16 pipas foram recolhidas durante o jogo.
LEI Nº 3278, DE 29 DE OUTUBRO DE 1999
PROÍBE O USO DE PIPAS COM LINHA CORTANTE EM ÁREAS PÚBLICAS E COMUNS

LEI Nº 3673, DE 16 DE OUTUBRO DE 2001.
PROÍBE A INDUSTRIALIZAÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO DENOMINADO CEROL E DE VIDRO MOÍDO NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

A linha chilena tem maior poder cortante por ter em sua composição pó de quartzo e óxido de alumínio, segundo alguns anúncios do produto que andei pesquisando. Portanto, é muito perigosa. Há ofertas desse material na internet, o que dificulta a ação de autoridades para impedir sua comercialização.

Não sou contra a brincadeira de soltar pipas. Já fiz muito isso. É divertido, mas nunca entendi o prazer que certas pessoas sentem em 'cortar' a pipa do outro. No Japão há festivais de pipas, principalmente na cidade de Hamamatsu. Pelas bandas do Oriente é esporte, lazer e um meio de se ligar com os deuses. E nada, nada de cerol. Por que não brincam sem colocar a vida dos outros em perigo?